A Fantástica Casa de Ludovico Corso
- Almanaque de Canela
- 26 de dez. de 2024
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Atualizado: 3 de jul.
Ludovico Inocente Corso, descendente de genoveses, possuía serrarias em Canela e região desde a década de 1940, no auge do extrativismo e da exportação da madeira de araucária. A família Corso chegou ao Rio Grande do Sul em diferentes momentos do processo de imigração italiana, com maior incidência em Caxias do Sul e Farroupilha. Já na década de 1930, o nome de Quintino Corso aparece como importante madeireiro em Cazuza Ferreira, distrito de São Francisco de Paula. Entre os empreendimentos da família em Canela, além das serrarias e negócios de exportação, destaca-se a Auto Comércio Corso, de Ludovico e Adelar Corso, localizada na atual esquina das ruas Felisberto Soares e Dona Carlinda, nas décadas de 1960 e 1970.


Considerada uma das famílias mais abastadas do município, é provável que Ludovico, ao construir sua casa, tenha seguido o fascínio pela arquitetura das opulentas villas italianas de famílias prósperas e elegantes, que viam nas residências não apenas símbolos de status, mas também refúgios tranquilos e sofisticados para a convivência familiar e social. A fachada assemelha-se a um templo grego, com destaque para o pórtico que forma uma porte-cochère, com acesso de veículos pelas duas ruas e grandes colunas com capitéis jônicos.
A obra, desenhada por Calegari, foi iniciada em 1958 e concluída em 1959, tendo como construtores responsáveis João Luiz Niederauer e Waldyr Marchioro, de Caxias do Sul. Após a morte de Ludovico, a família vendeu o imóvel para um empresário alemão. Em 2013, a casa foi adquirida por Gomercindo Chies, que a transformou no centro gastronômico, cultural e de lazer Magnólia.
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