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Dos primórdios a 1900

Atualizado: 23 de jun.

Primórdios


Os primeiros a passar

O movimento nos Campos de Cima da Serra começou por volta de 1634, com o gado que era trazido para as Missões Jesuíticas pelos tropeiros do século XVIII. O comércio de bovinos, cavalos e mantimentos era um vai e vem entre Minas Gerais, São Paulo e Colônia do Sacramento, no Uruguai. A rota era feita pelo litoral, mas ao chegar à altura da Barra da Laguna, devido às altas escarpas, tinha que ser desviada subindo a serra. Os tropeiros cruzavam a região para dar pastagem ao gado e descansar, pois eram viagens longas de muitos meses. Alguns casavam pelo caminho, se aquerenciavam e permaneciam anos em um lugar antes de seguir viagem.

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A caneleira onde os tropeiros descansavam

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O nome de Canela originou-se da caneleira, um tipo de árvore frondosa existente na região onde os tropeiros costumavam descansar. Tem o nome científico de Ocotea pulchella e os nomes populares: canela-do-brejo; canela-lageana; canelinha. Não tem nada a ver com a canela que serve para fins culinários, que cientificamente é conhecida como Cinnamomum verum, e popularmente por caneleira-verdadeira, nativa do Sri Lanka, de cuja casca se produz o tempero canela. Não é uma afirmação científica, mas dizem que essa árvore não vive solitariamente, precisa de forças amigas da natureza ao seu redor. A da história de Canela foi cortada na época da construção da estação do trem.

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1780 a 1864


Os donos do Fachinal

Desde que o tenente português Apolinário de Almeida Roriz tomou posse de uma área de aproximadamente 180 milhões de metros quadrados que abrangia parte do atual município de São Francisco de Paula e boa parte do atual município de Canela, incluindo o Campestre Canella, onde atualmente fica o centro da cidade, e o Saiqui, até a chegada da Família Wasem no Caracol, houve um intervalo de 80 anos.


Nesse meio tempo, os campos do Fachinal passaram por vários donos: Joaquim da Silva Chaves, (1784), Antônio José Alves de Sá (1800), Henrique José do Amaral (1817) e Cândida do Amaral e Silva (1833). Cândida começou a dividir as terras vendendo parte para o genro Francisco Pacheco de Paula Machado (1856), e doando seus bens por testamento para o filho Manoel Henrique do Amaral e para o tenente Felisberto Soares de Oliveira, casado com Vitalina Pacheco.

Antiga residência do Capitão Felisberto Soares de Oliveira, construída em 1884, na Fazenda do Fachinal.
Antiga residência do Capitão Felisberto Soares de Oliveira, construída em 1884, na Fazenda do Fachinal.

1809


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Quando o Canella pertenceu à Santo Antônio

Em 27 de setembro, a Capitania do Rio Grande de São Pedro, como o Estado era chamado, foi dividida em quatro grandes municípios: Porto Alegre, Rio Grande de São Pedro, Nossa Senhora do Rosário de Rio Pardo e Santo Antônio da Patrulha. Neste caso, São Francisco de Paula, o Fachinal e o Campestre Canella pertenciam a Santo Antônio da Patrulha.

 

1820/21


Primeiro morador do Campestre Canella

Joaquim da Silva Esteves, casado com Rosa Maria do Amaral, concunhado do dono do Fachinal, descobre que não existia documento oficial das terras. Se antecipa e entra com um pedido de concessão por sesmaria do Campestre Canella para o Império sob a promessa de tornar as terras produtivas. Foi assim que em abril de 1821, Joaquim da Silva Esteves se tornou o primeiro dono legítimo e primeiro residente do Campestre Canella.

 

1864

As terras que pertenciam a Guilherme Wasem são divididas entre Canela e Gramado pelo arroio do Caracol. Hoje mais ou menos 70% das terras ficam do lado de Gramado, mas a Cascata acabou ficando para Canela.
As terras que pertenciam a Guilherme Wasem são divididas entre Canela e Gramado pelo arroio do Caracol. Hoje mais ou menos 70% das terras ficam do lado de Gramado, mas a Cascata acabou ficando para Canela.

O segundo morador do Canella

Cândida Bella da Silva concedeu casa e campos para Guilherme Wasem tomar conta. No entanto, a família viveu durante poucos anos naquelas terras, pois a dona vendeu o campo para Joaquim Gabriel de Souza. Logo, vendo-se obrigado a sair de lá, Guilherme deslocou-se com a família mais para o norte, instalando-se numas terras onde se encontrava uma linda cascata entre matas virgens. Na época não havia grande interesse dos posseiros em ter cascatas e cachoeiras. De nada lhes valia uma cascata; preferiam, antes, possuir terras para cultivar. Guilherme tomou essas terras por ocupação primária em época mansa e pacífica.



1899


Falece Guilherme Wasem no Caracol

Talvez Guilherme Wasem tenha tido uma vida modesta, de homem simples, tal como morreu no final do século XIX, mas ele teve uma das mais belas riquezas do Estado do Rio Grande do Sul, que é a Cascata do Caracol na Região das Hortênsias.


Novas famílias chegando

Henrique Kilian Wasem casou no mesmo ano em que seu pai faleceu e foi morar no Mato Queimado com a esposa Tereza Amalcabúrio, onde possuíam terras. Tiveram cinco filhos homens e duas mulheres.

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