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O Fundador de Canela

Atualizado: 26 de mai.

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João Corrêa Ferreira da Silva nasceu em Santa Maria da Boca do Monte, em 17 de fevereiro de 1863. Iniciou em Santa Maria a função de ferreiro e, aos 17 anos, mudou-se para São Leopoldo, ingressando como mestre-ferreiro nas oficinas da Estrada de Ferro Porto Alegre-Novo Hamburgo, dirigidas por uma companhia inglesa. Casou-se com Maria Luiza Frederica Burmeister com quem teve oito filhos.


Em 1882, aos 19 anos, já casado e morando no Vale dos Sinos, fez uma viagem a cavalo até o Campestre Canella, região ainda inóspita, habitada por poucos colonos e fazendeiros. O belo local despertou nele o desejo do progresso e o ideal de construir ali sua vida e de seus familiares. João Correa torna-se um apaixonado pela construção das estradas de ferro e por tudo o que elas eram capazes de transportar. Em 1889, com seu irmão Agnelo, que na época era diretor do Banco da Província de Porto Alegre, fundou a firma Irmãos Corrêa, responsável por grandes obras.


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Em sua mente, o Campestre Canella manteve-se como um sonho e um objetivo, que ficou mais próximo quando o governo do Estado, em 1899, abriu concorrência para a construção da estrada de ferro que ligaria Novo Hamburgo a Taquara. Os irmãos Corrêa apresentam-se com sua folha de serviços já prestados ao Estado e, então, é concedida a eles a permissão para a construção da ferrovia. Em 1903, João compra terras do Fachinal de Felisberto Soares, e em 1908 compra o Campestre Canella, mudando-se com a família em 1910.


Em 1912, os Irmãos Corrêa empreitaram uma de suas obras mais audaciosas: a construção da linha férrea que ligaria Taquara a Canela. O grande desafio era construir a ferrovia serra acima e com muitos obstáculos, entre eles a grande quantidade de pedra basáltica no solo. Mas como João costumava repetir a seus filhos: "Nada é impossível de se fazer". E ele fez o trem subir a serra.


Em 16 de março de 1928, João Corrêa faleceu em São Leopoldo, vítima de um ataque cardíaco com apenas 65 anos. O comércio, repartições públicas e bancos foram fechados e o luto declarado. Em São Leopoldo, foi realizada uma cerimônia em sua homenagem e, em seguida, foi conduzido até a estrada de ferro, seguindo para Canela no trem que fora sua realização em vida.

Da esquerda para a direita: Em pé: Danton, Carlos e Agnello. Sentados: João Manoel, Dona Luiza, João Corrêa, Josephina e Aparício (faltando a filha Luizinha)
Da esquerda para a direita: Em pé: Danton, Carlos e Agnello. Sentados: João Manoel, Dona Luiza, João Corrêa, Josephina e Aparício (faltando a filha Luizinha)

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